quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Noruega, essa bela localidade...

Finalmente uma mudança verdadeiramente enriquecedora no mundo da arte, em vez de apenas mais um episódio artístico idiota.
Um tribunal norueguês declarou que o strip-tease é uma forma de arte, sendo uma união de dança e representação. A questão foi levantada devido a uma divergência em relação ao pagamento de impostos, mas a verdade é que na noruega a arte acaba de se tornar muito mais interessante que no resto da europa.

Um bom indicador da vontade de portugal em aderir às novas tendências artísticas seria a instalação de varões no centro de arte moderna da Gulbenkian. Quando esse dia chegar serei um incansável apreciador de arte, mas enquanto só houver figuras feiosas com os dois olhos do mesmo lado da cara ou senhoras feitas de gavetas no meio de relógios derretidos, não contem comigo.

A Faculdade de Belas Artes também deveria acolher esta mudança, incluíndo o strip como matéria obrigatória. Mas se calhar o melhor será contratar formadoras externas... com um bom "corpo docente".

3 comentários:

Miguel Krippahl disse...

A decisão versa questões de impostos. As strippers queriam ser tratadas como outros artistas (engolidores de espadas e trapezistas, presumo) e beneficiar de reduções fiscais por essa via. E conseguiram.

Aplicada a Portugal, esta alteração significaria que parte dos meus impostos iria para strippers, em detrimento de estádios de futebol, OTA, TGV, Expo, bancos, PT, universidades públicas, co-incineração, funcionários públicos, professores, assessores de ministros, presidentes e vereadores de câmaras, deputados da assembleia da república (perdão, República), padres, desempregados, etc, etc, etc.

Podemos sempre sonhar...

iminente disse...

Como antigo aluno da FBUAL, nao podia estar mais de acordo ...só de me lembrar das aulas de desenho de modelo nú....uma striper tinha dado um jeitão!!!
De uma maneira garal o “corpo” foi e será sempre a “matéria prima” por excelência de qualquer forma de arte, actuais e vindouras! Não me incomoda pensar que provávelmente a própria pornografia venha adquirir esse “estatuto”. Afinal de contas o que separa um urinol de ...uma boa queca, não é significativo em termos de “ conceptualização contemporânea”!!

Krippmeister disse...

As quecas serem arte é uma má ideia. Hoje em dia uma queca até fica mais ou menos em conta, mas se passar a ser obra de arte vai custar milhões...