quinta-feira, 20 de novembro de 2008

The Great Escape

Há sonhos estranhos. Há sonhos muito estranhos. Há sonhos completamente alucinados. E há o sonho de ontem à noite.

Tanto quanto me lembro, estava num campo de concentração em Itália, prestes a executar um ambicioso plano de fuga. Aquilo era bonito, com ruas largas calcetadas, delimitadas por árvores altas carregadas de folhas verdes. Escondido lá junto à vedação vou-me aproximando da saída quando sou visto por um médico do campo. O tipo ainda tentou fugir mas eu apanhei-o e cortei-lhe a garganta com uma faca artesanal. Não houve drama nem sangue nem nada, foi tudo no relax.

A próxima coisa de que me lembro é estar a chegar a uma casa onde vou buscar equipamento e provisões para o resto do percurso, seja lá ele qual for. Tive a sensação que era a casinha pra onde voltava todos os dias a seguir ao trabalho no campo. Eu sei que disse que era um campo de concentração, mas o que é que esperavam? Auschwitz? Aquilo era na Itália pá!

Abri uma porta e desci umas escadas e lá estava a senhora da casa. Mais o Hitler, o ministro da defesa italiano, dois soldados e um tipo que nunca vi quem era. Pensei - "tou bem fochiatto". Mas quando o Hitler me disse - "ainda bem que chegaste, o barco está pronto" - fiquei mais aliviado. Continuámos a descer as escadas até a um mini-porto num canal subterrâneo. Ancorado estava um barquinho com forma de porsche boxster com o Zézé Camarinha a fazer de gondoleiro. Como não havia espaço para todos no barquinho, eu fui agarrado a uma corda do lado do barco, só com a cabeça de fora de água.

O canal prolongava-se por dentro da cidade, já a descoberto. A viagem corria calmamente até que um grupo de putos banhistas a nadar com máquinas fotográficas ao pescoço se começaram a aproximar vindos de uma curva larga por onde tínhamos passado minutos antes. O barco cheio não tinha velocidade para fugir aos putos, e eu sugeri ao Zézé que encostasse o barco a um dos lados para não me verem agarrado à borda. O Zézé parou o barco e o Hitler saltou pra dentro de água para se esconder também. Ao ver que não havia hipótese de esconder toda a gente, o Zézé distribuiu chapelinhos de palha para tapar a cara. Resultou pouco. Os mini-papparazis reconheceram o ministro italiano e começaram a tirar fotografias e a gritar "mineu! mineu!" (durante o sonho eu percebi que eles estavam a dizer "ministro!" em italiano, mas agora acordado soa mais a cunilingus) Adiante...

Eu virei-me para o Hitler, que entretanto refilava baixinho tipo o Mutley dos Whacky Races, e disse:
- F***-se prós putos! Estamos lixados!

Ao que ele respondeu:
- A estes amanhã vai-lhes sair a sorte grande no jogo do galo.

E foi isto.

Depois de uma breve reflexão deste episódio onírico chego a três conclusões importantes:

1-Nem em sonhos sei falar italiano.
2-Só mesmo o Hitler consegue soar ameaçador e tenebroso com uma frase sem sentido que contém as palavras "jogo do galo".
3-Preciso de ajuda profissional.

8 comentários:

Joaninha disse...

Hahahahahaha!

Só tu!

Até os teus sonhos estranhos tem graça rapaz! Devias mesmo seguir a carreira profissional do teu "primo".

Pronto e agora que já me ri práqui sozinha vou trabalhar.

PS: Só agora é que descobriste que precisas de ajuda profissional...Lentiiiiinho não? ;)

Beeeijos

Abobrinha disse...

Krippmeister

Deixaste de tomar os comprimidos é o que dá! Ou foi o sushi que te caiu mal?

Deixa lá, se num sonho consegues pensar em "mineus" não pode ser muito grave!

Krippmeister disse...

É mesmo a única coisa que me deixa descansado.

w' disse...

Grande sonho :D

Anónimo disse...

LOL
Precisas é de uma editora.
Cristy

pennac disse...

Isso era capaz de ficar fixe musicado. Com um clip assim "a la smashing pumpkins".

Krippmeister disse...

Hehehe, ou algo tipo Sigur Ros. Mais prá carola.

Salto-Alto disse...

Ui! Pois precisas precisas! E eu não aconselhava um profissional judeu... Mas isso é contigo! ;)