segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pérola da Comunicação

Esta meus amigos, é a Padeirinha da Serra. Isto se acreditarem que é realmente uma boazona de negligé e saltos altos que faz o pãozinho todas as noites... e porque não? Há quem acredite na imaculada concepção, a partir daí tudo é possível. Mas falando a sério, eu percebo a mensagem, é um bocado o conceito da menina da bilha Pluma. É óbvio que não é uma modelo sexy de leste com um pernão até ao pescoço que nos entrega o gás, é um tuga gordo a cheirar a tabaco e bagaço, mas lá está, o sexo vende carros, vende roupa, vende perfumes, vende gás, e aparentemente vende pão.

Só não estou inteiramente convencido que seja boa ideia misturar uma mensagem sexual com comida. Até porque a padeirinha é da serra, e aqui na zona metropolitana de Lisboa o que há de mais parecido com uma serra é monsanto. Estão a ver o problema? Uma vez posicionada a padeirinha de lingerie e saltos altos na noite de monsanto, a expressão “com a mão na massa” toma interpretações preocupantes, precisamente porque é ela que me faz o pão do pequeno almoço. Já a menina da Pluma “com a boca na botija” tem uma conotação de certo modo mais encantadora...

Jack in the Box - update

Ainda não está finalizada, mas já dá para ver como ficará o modelo final da caixa do Jack. Faltam ainda alguns pormenores como dobradiças e talvez alguma sugestão de mecanismos no interior. Depois de texturada será uma caixa de madeira pintada com cores fortes, mas já meio gastas, ornamentada com os elementos metálicos enferrujados.

O grau de detalhe está bom para a dimensão que a caixa terá na ilustração final, por isso grande parte dos pequenos elementos que a compõe não necessitam sequer de subdivisão, só da configuração correcta dos smoothing groups para manter as arestas definidas. Ainda assim, a cena total já vai em 123.533 polígonos, dez vezes mais que a contagem anterior.

A seguir vou dedicar-me ao ursinho de peluche e volto a postar um update.

domingo, 14 de outubro de 2007

Jack in the Box 4 - unwrap

A questão do espaço web está resolvida, e finalmente tenho todos os filmes online, hospedados num servidor no meu local de trabalho.

Quanto ao senhor Jack, com o unwrap concluído aproxima-se a fase de modelação dos detalhes hiper-realistas, que é a parte mais divertida. Mas antes disso vou ainda modelar a caixa, a mola, o ursinho de peluche, a bola e o quarto. É possível que entretanto acrescente um ou outro pormenor que me pareça interessante.

Relembro que esta ilustração vai ser enviada para a revista 3D World na esperança de aparecer lá num cantinho ridículo e minúsculo com o meu nome, coisa que me irá tornar insuportavelmente convencido nos três meses seguintes, embora nem por isso mais rico. O mais provável porém, é que o Jack não apareça em lado nenhum e eu me tenha que tornar insuportavelmente convencido por outra razão qualquer.

Download para iPhone

Jack in the Box 4 - unwrap
Jack in the Box 3 - modelação base
Jack in the Box 2 - plano de modelação
Jack in the Box 1 - silhueta

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Jack in the Box - update

O Jack tem andado um bocado parado ultimamente por falta de espaço online para hospedar os filmes, o que também me obrigou a tirar do ar o primeiro filme para poder mostrar o da modelação base. Por enquanto só poderei ter dois filmes no ar em simultâneo.

Entretanto o modelo levou mais uma passagem de detalhe, só para definir as pregas e rugas maiores e refinar os edge loops. Acrescentei também umas cicatrizes que não tinham sido previstas no conceito inicial, mas que contribuem para dar um ar mais violento ao Jack. Também modelei os olhos correctamente, com uma esfera exterior para a camada externa transparente do olho, que contêm a saliência da córnea, e uma esfera interior para o corpo opaco com a depressão da íris e o orifício da pupila. No próximo filme mostrarei estas modificações mais detalhadamente antes de preparar as coordenadas para a textura.

O novo nível de detalhe aumentou o número de polígonos da geometria, mas se repararem o Poly Counter está com um número menor que anteriormente. A explicação curta para isto é que eu fui nabo. A explicação detalhada é que me esqueci de desligar o modificador de subdivisão num dos elementos do modelo quando fiz a primeira contagem e deu um número incorrecto.
Para ficarem com uma noção correcta da evolução da topologia, o primeiro modelo tinha na verdade 9.236 polys e não 16.552, e esta última versão mais detalhada tem 12.100. Esta será a versão final do modelo base que irá para o Mudbox para a modelação do detalhe de alta frequência.

Não percam o próximo episódio com uma visão mais completa destes últimos detalhes e o fabuloso unwrap UVW que promete ser uma seca ainda maior que as outras.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Treta da Semana

No blog Ktreta, o meu irmão Ludwig pronunciou-se sobre a treta das crianças índigo, e o papel da Sra. Isabel Leal na sua divulgação. O leitor Paulo Marques, um conhecido da Isabel Leal, não aceitou a crítica e comentou proferindo umas quantas ameaças patéticas que fizeram pouco mais que divertir os leitores do Ktreta.

Este tipo de comportamento é bastante comum em pessoal que vive agarrado a essas crendices, e que, em vez de proteger as suas crenças mostrando argumentos e provas fiáveis, tentam abafar as críticas para que não se instale a dúvida. Espertos, certamente também têm a noção que se pensarmos cinco minutos sobre a palermice que apregoam, ela desmorona-se.

Como consequência da sua tentativa infeliz de assustar os leitores do Ktreta, o Paulo conseguiu apenas que o post da Treta da Semana fosse replicado na íntegra aqui no Krippart. Parabéns.

Treta da Semana: Isabel Leal
por Ludwig Krippahl

"«Em busca de respostas a inquietações profundas descobriu o poder de algumas formas de cura alternativas como Reiki, Karuna Reiki, Meditação, Jin Shin Jyutsu, Crystal Healing, A caracterização do Ser humano segundo a coloração da aura bem como as compatibilidades entre cada cor/aura humana.[...] Iniciou os estudos sobre o fenómeno Índigo e Cristal em Portugal e mais recentemente nos EUA. [...] É com base nos estudos que tem desenvolvido que dá apoio a estas crianças e suas famílias numa clinica em Lisboa.[...] »(1)

Este post foi difícil de escrever. Nem sabia para onde me virar. Curas alternativas? Crianças Índigo e Cristal? Caracterizar pela cor-barra-aura*? Decidi dividir isto em várias partes e dedicar este primeiro post à Isabel Leal, que será a minha musa inspiradora nas próximas semanas.

Na sua clínica, a Isabel Leal dá consultas de:

«Acompanhamento de casos que necessitam de melhoria no rendimento escolar, resolução de terrores nocturnos, dificuldades do sono, desequilíbrios alimentares e comportamentais.
Expansão da área criativa e energética.
Consultas de apoio familiar a:
* Crianças Índigo e familiares
* Crianças Cristal e familiares
* Crianças Arco Íris e familiares»(2)

Se questionam as suas habilitações para resolver os terrores nocturnos e os desequilíbrios alimentares das crianças, fiquem descansados. A Isabel «é licenciada em Gestão e trabalhou por 20 anos em empresas nacionais e multinacionais»(1). E é tão rigorosa no diagnóstico que pede aos pais para trazer «a hora/local de nascimento da criança»(2), porque «É estudante de astrologia, pois acredita que esta ferramenta é bastante útil na definição do perfil da criança»(1).

E vê-se que é escritora. «Convidada de diversos de programas de televisão, rádio e media em geral, leva esta nova experiência a quem lida com crianças no dia a dia procurando dar a mais recente energia de informação e de regeneração a todos os interessados nestas matérias.»(1)

A mais recente energia de informação e regeneração. Não vou comentar, mas queria saborear isto. A mais recente energia de informação e regeneração.

A Isabel Leal, além de terapeuta, dá cursos de Crystal Healing, Reiki, e Karuna Reiki, e é autora de dois livros intitulados As Crianças de um Novo Mundo: os Índigo, e os Cristal. São crianças sobredotadas. As Índigo são capazes de ver espectros de luz. O que dá jeito para não ser cego. As Cristal têm uma energia de grande amplitude espiritual que é fundamental para operar a transição da era de Peixes para a de Aquário (3). Aparentemente, a precessão dos equinócios não é um fenómeno físico. É trabalho infantil. Eu voto que se acabe com isto. É que não compensa o esforço destas crianças só para vermos o Sol a 50,3 segundos de arco da posição que tinha no equinócio do ano anterior. Deixem os miúdos brincar à vontade. Logo se preocupam com a orientação do eixo da Terra quando forem crescidos.

Deixo aqui um muito obrigado à Isabel Leal pela sua extraordinária imaginação. Parece-me que até ao Natal já não vou precisar de procurar temas para esta rubrica.

*A Isabel Leal usa a expressão cor/aura, mas não sei se a barra se faz com um gesto da mão numa curta pausa entre cor e aura ou se é suposto ler a barra. Como neste post não se vê os gestos que faço com a mão (felizmente...) decidi escrever assim."


Treta da Semana: Isabel Leal
Ktreta