Arte e tradição têm a irritante mania de se colarem uma à outra quando lhes convêm.
Temos a "arte da cozinha tradicional", a "arte dos pauliteiros", a "arte da renda de bilros", a "arte das caldas". Enfim, até temos a "arte de andar vestido à mariconço a espetar ferros em touros para gáudio de uma cambada de labregos pedantes".
Esta última parece que se chama tauromaquia, e também foi elevada a estatuto de arte pelo peso da tradição. Aparentemente, se suficientes pessoas travestidas torturarem touros durante um longo período de tempo, a actividade torna-se artística.
Isto é fabuloso, na medida em que abre um extraordinário potencial artístico para a nossa grande nação, que tem tradições que nunca mais acabam.
Assim de repente ocorre-me uma... Durante 150 anos mandámos para a fogueira milhares de epilépticos e senhoras com gatos pretos. Até aqui tudo bem, afinal somos cristãos. Mas olha que agradável seria, volvidos 330 anos, poder ainda passar um sábado ou um domingo com família e amigos, a beber uma bjeca, e a ver um puto epiléptico a arder no espeto na gloriosa praça de touros do campo pequeno. Não me digam que não era divertido. Ok, não tem o cavalo a ser esventrado, mas lembrem-se que quando se queima uma senhora, queima-se também o gato. É o dobro da diversão!
Há no entanto um forte potencial de entretenimento na possibilidade de um cavaleiro ou bandarilheiro ser empalado pelo touro. É improvável, porque na corrida à portuguesa cortam as pontas aos animais, mas ainda assim, a ideia de um Pedrito de Portugal ou um Joaquim Bastinhas a ser privado das suas entranhas por uma cornada vigorosa traz-me um sorriso enternecedor aos lábios.
Venham-me agora dizer que a tauromaquia é uma arte, completamente distinta de qualquer tipo de diversão bárbara, e eu conto-vos a anedota do sujeito que queria mudar de nome.
- Bom dia, o meu nome é João Merda, e queria mudar de nome.
- É natural Sr. João! Percebo o seu problema. E queria mudar para que nome?
- Pedro Merda.
Meus amigos, a merda mantêm-se.
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
terça-feira, 19 de setembro de 2006
Krippmeister nas bancas
Se alguma vez se sentiram vazios e sem propósito. Se se olharam ao espelho apenas para se confrontarem com um reflexo apagado. Se a vossa vida se precipitou para um vórtice de entropia mórbida que vos definha a alma...
...é porque nunca modelaram uma bola de futebol em Max 8! Mas não se preocupem, estou cá para vos salvar.
Está à venda o número 24 da revista CAD Project que contém um tutorial de três páginas, elaborado pelo vosso blogger favorito, ensinando passo a passo a modelar uma bola de futebol realista e suficientemente pormenorizada para ser usada em planos aproximados ou de pormenor.
...é porque nunca modelaram uma bola de futebol em Max 8! Mas não se preocupem, estou cá para vos salvar.
Está à venda o número 24 da revista CAD Project que contém um tutorial de três páginas, elaborado pelo vosso blogger favorito, ensinando passo a passo a modelar uma bola de futebol realista e suficientemente pormenorizada para ser usada em planos aproximados ou de pormenor.
sábado, 2 de setembro de 2006
The lights going on and off
In 2001 artist Martin Creed was awarded the prestigious Turner Award for excellence in the visual arts, for his work entitled "The lights going on and off". The masterpiece was a completely empty room with a faulty ceiling light that went on and off.
My guess is that he left his studio in a hurry and forgot to take the real artwork; he then showed a profound understanding of the art world by coming up with a completely uninteresting piece that was nonetheless the perfect submission for the exhibition.
People who were outraged by the amount of public money being spent on the exhibition protested with flashlights, which they turned on and off. Little did they know that the previous prize winner was some dude that painted a canvas with elephant dung...
My guess is that he left his studio in a hurry and forgot to take the real artwork; he then showed a profound understanding of the art world by coming up with a completely uninteresting piece that was nonetheless the perfect submission for the exhibition.
People who were outraged by the amount of public money being spent on the exhibition protested with flashlights, which they turned on and off. Little did they know that the previous prize winner was some dude that painted a canvas with elephant dung...
Subscrever:
Mensagens (Atom)