O Jack in the Box está no número 50 da Imagine FX. Obrigado ao Ricardo e à Ana pela dica.
sábado, 12 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Sem Título
O choque de perder alguém próximo causa um estado de apatia em que tudo parece mexer-se em câmera lenta. E ainda bem que assim é, porque o processo que se segue de lento não tem nada.
Menos de dez minutos depois de receber a notícia já há dezenas de documentos para organizar a assinar. Alguém nos explica que o corpo vai dali para ali e depois para ali, de onde sai finalmente para outro lugar qualquer. Ouvimos a pessoa falar e dizemos que sim, mas sem ainda sequer perceber como raio é que aquela pessoa a quem há poucas horas mandámos um beijo, de repente é o “corpo”. Tiramos uns segundos para respirar, antes de pegar no telemóvel para espalhar a miséria pelo resto da família. É uma situação em que não é bom ter seis irmãos. Quem é que eu vou desesperar primeiro? Como? Há sequer uma maneira melhor de dizer isto? - “Yo! Como é que é? Tudo bem? Olha, é só para avisar que houve uma explosão em casa e morreu toda a gente! Naaaa! Tou a brincar! Não houve explosão nenhuma e foi só o pai que morreu.”. Decididamente é melhor nem pensar muito. Já é desafio suficiente ter que articular frases coerentes.
O Sr. Da funerária aparece com um catálogo de caixões e urnas e flores, mais uma tonelada de perguntas complicadas sobre cemitérios e heranças e registos. Escolhe-se uma catrefada de opções, faz-se a conta e diz-se que sim para ver se a coisa acalma. Nem pouco mais ou menos.
Para os dias seguintes há mais papéis para assinar, o corpo para identificar, mais papéis, transporte, e mais papéis seguidos de ainda mais papéis. Já no velório tentamos que permaneça um pouco da boa disposição e humor característicos de quem partiu - ”Ainda bem que vieram, isto por aqui está um bocado morto”. Mas a verdade é que todo aquele cenário está feito para deprimir as pessoas até aos ossos, não para aliviar as tristezas. Ou não fosse o lugar uma igreja católica.
A cremação no cemitério dos olivais é uma cerimónia calma e serena. Bem menos sombria que o raio da igreja. Diz-se um adeus, o caixão vai, e umas horas depois saem dois tipos com umas jardineiras à Super Mário, com o cabelo cheio de cinzas e um potezinho metálico do tamanho de uma lata de chupa-chups. Abrem um buraquinho no chão, despejam a lata e tapam. Instala-se um silêncio pesado, até que alguém diz - “Quando eu morrer também quero ser zipado”.
Há tempo apenas para pôr uma florzinha - para quem precisa de um lugar simbólico para visitar - antes de chegar outro “corpo” e recomeçar o processo. À saída ainda se faz mais uma homenagem ao humor de quem, apesar de ter atravessado inimagináveis horrores e privações, sempre manteve um sorriso bem disposto.
- ”Saem que nem pãezinhos quentes”
Menos de dez minutos depois de receber a notícia já há dezenas de documentos para organizar a assinar. Alguém nos explica que o corpo vai dali para ali e depois para ali, de onde sai finalmente para outro lugar qualquer. Ouvimos a pessoa falar e dizemos que sim, mas sem ainda sequer perceber como raio é que aquela pessoa a quem há poucas horas mandámos um beijo, de repente é o “corpo”. Tiramos uns segundos para respirar, antes de pegar no telemóvel para espalhar a miséria pelo resto da família. É uma situação em que não é bom ter seis irmãos. Quem é que eu vou desesperar primeiro? Como? Há sequer uma maneira melhor de dizer isto? - “Yo! Como é que é? Tudo bem? Olha, é só para avisar que houve uma explosão em casa e morreu toda a gente! Naaaa! Tou a brincar! Não houve explosão nenhuma e foi só o pai que morreu.”. Decididamente é melhor nem pensar muito. Já é desafio suficiente ter que articular frases coerentes.
O Sr. Da funerária aparece com um catálogo de caixões e urnas e flores, mais uma tonelada de perguntas complicadas sobre cemitérios e heranças e registos. Escolhe-se uma catrefada de opções, faz-se a conta e diz-se que sim para ver se a coisa acalma. Nem pouco mais ou menos.
Para os dias seguintes há mais papéis para assinar, o corpo para identificar, mais papéis, transporte, e mais papéis seguidos de ainda mais papéis. Já no velório tentamos que permaneça um pouco da boa disposição e humor característicos de quem partiu - ”Ainda bem que vieram, isto por aqui está um bocado morto”. Mas a verdade é que todo aquele cenário está feito para deprimir as pessoas até aos ossos, não para aliviar as tristezas. Ou não fosse o lugar uma igreja católica.
A cremação no cemitério dos olivais é uma cerimónia calma e serena. Bem menos sombria que o raio da igreja. Diz-se um adeus, o caixão vai, e umas horas depois saem dois tipos com umas jardineiras à Super Mário, com o cabelo cheio de cinzas e um potezinho metálico do tamanho de uma lata de chupa-chups. Abrem um buraquinho no chão, despejam a lata e tapam. Instala-se um silêncio pesado, até que alguém diz - “Quando eu morrer também quero ser zipado”.
Há tempo apenas para pôr uma florzinha - para quem precisa de um lugar simbólico para visitar - antes de chegar outro “corpo” e recomeçar o processo. À saída ainda se faz mais uma homenagem ao humor de quem, apesar de ter atravessado inimagináveis horrores e privações, sempre manteve um sorriso bem disposto.
- ”Saem que nem pãezinhos quentes”
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Digital Artist 2009 - Closing Awards
Um apanhado do evento de entrega dos prémios da Digital Artist 2009, em Blackall Studios, Londres. O careca eufórico que aparece ao minuto 4:18 sou eu, sentado num puff, acompanhado da mulher mais linda da festa - a minha querida amiga Tânia.
Digital Artist 2009 - Closing Awards Exhibition from Intel Digital Artist 2009 on Vimeo.
domingo, 1 de novembro de 2009
Amen
Há alturas em que me faz falta um pouco de fé. Suficiente para acreditar em Deus todo poderoso com o seu plano universal, e ir à igreja aos domingos insultar o idiota e pintar uns bigodes no boneco.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Jack in the Box na 3D World
As imagens vencedoras da Digital Artist Awards 2009 foram publicadas no número 123 da 3D World Magazine, com uns estonteantes 109,25cm2 dedicados ao Jack in the Box.
Para além da categoria de 3D Illustration, em que concorri, são apresentados os finalistas de Architectural Visualisation, Product Visualisation e Visual Effects. Não sei se o Jack aparece em mais alguma publicação da Future Publishing, mas desconfio que não. Seja como for, se o virem por aí em alguma revista, apitem :)
Para além da categoria de 3D Illustration, em que concorri, são apresentados os finalistas de Architectural Visualisation, Product Visualisation e Visual Effects. Não sei se o Jack aparece em mais alguma publicação da Future Publishing, mas desconfio que não. Seja como for, se o virem por aí em alguma revista, apitem :)
sábado, 10 de outubro de 2009
Jack in the Box na AREA
O Jack ganhou destaque na homepage do fórum The AREA, a comunidade de entertenimento digital e visualização da Autodesk. Check it out!
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Jack in the Box - Digital Artist Awards 2009
E tá feito. O Jack in the Box foi enviado para o Digital Artist Awards 2009 na categoria de ilustração 3D, e saiu de lá com um 3º lugar. Esperem ver os trabalhos vencedores nas próximas edições da Computer Arts, Computer Arts Projects, 3D World, Imagine FX, e .Net.
Os resultados da competição foram oficialmente anunciados na passada 5º feira dia 1 de outubro, em Blackall Studios, Londres. A ocasião reuniu artistas de todo o mundo, entre concorrentes e júri, tendo contado com a presença de Dave Gibbons, o criador de Watchmen como anfitrião. Foi também com especial satisfação que vi dois outros trabalhos portugueses premiados - Gresart, de Miguel Miraldo no 1º lugar da categoria de visualização de produto, e Acção Animal 2 de Diogo Pereira, menção honrosa na categoria de ilustração 3D.
O anúncio oficial está publicado na página do concurso e as obras podem ser apreciadas aqui. Para quem andar por Londres e tiver interesse em arte digital, pode ainda visitar os Blackall Studios em Shoreditch, que terá os trabalhos em exposição até dia 10 de Outubro.
Não me esqueci dos filmes do making of do Jack. Conto completar a série com mais dois ou três episódios, mas devido às condicionantes do concurso tive que manter o resultado final meio escondido até agora.
Num próximo post ponho fotos do evento e explico-vos o que fazia um designer careca a olhar com ar de mongodebilóide para uma porta de um prédio no Soho.
Os resultados da competição foram oficialmente anunciados na passada 5º feira dia 1 de outubro, em Blackall Studios, Londres. A ocasião reuniu artistas de todo o mundo, entre concorrentes e júri, tendo contado com a presença de Dave Gibbons, o criador de Watchmen como anfitrião. Foi também com especial satisfação que vi dois outros trabalhos portugueses premiados - Gresart, de Miguel Miraldo no 1º lugar da categoria de visualização de produto, e Acção Animal 2 de Diogo Pereira, menção honrosa na categoria de ilustração 3D.
O anúncio oficial está publicado na página do concurso e as obras podem ser apreciadas aqui. Para quem andar por Londres e tiver interesse em arte digital, pode ainda visitar os Blackall Studios em Shoreditch, que terá os trabalhos em exposição até dia 10 de Outubro.
Não me esqueci dos filmes do making of do Jack. Conto completar a série com mais dois ou três episódios, mas devido às condicionantes do concurso tive que manter o resultado final meio escondido até agora.
Num próximo post ponho fotos do evento e explico-vos o que fazia um designer careca a olhar com ar de mongodebilóide para uma porta de um prédio no Soho.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Férias
Isto é o que acontece aos tios carecas que têm a infeliz ideia de passar uma semana de férias num antro de sobrinhos alucinados. Bem, não foi só isto. Ainda deu para passear na serra, tomar banho à lagoa escura, aliciar menores por messenger*, e acabar o Jack in the Box.
Por falar em Jack in the Box. A ilustração final já foi enviada para o Digital Artist 2009, mas enquanto eles não me responderem aos mails não sei se posso mostrar a obra online. O júri já está a avaliar os trabalhos, pelo que durante a próxima semana já saberei se passei à fase final. Dou mais notícias conforme forem surgindo.
*Não é o que estão a pensar. Ser tio não é só Guitar Hero e monstros 3D, é também ajudar o sobrinho a facturar damas!
Por falar em Jack in the Box. A ilustração final já foi enviada para o Digital Artist 2009, mas enquanto eles não me responderem aos mails não sei se posso mostrar a obra online. O júri já está a avaliar os trabalhos, pelo que durante a próxima semana já saberei se passei à fase final. Dou mais notícias conforme forem surgindo.
*Não é o que estão a pensar. Ser tio não é só Guitar Hero e monstros 3D, é também ajudar o sobrinho a facturar damas!
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Street View
E não é que ia o pessoal da empresa pelas ruas de Alvalade, a caminho do almoço, quando passa o carrinho da Google a tirar as fotos do Street View? Ficámos imortalizados em pixels.
Naturalmente eu sou aquele com a postura viril e as duas babes uma de cada lado, mas para os mais distraídos puz uma setinha a indicar.
Naturalmente eu sou aquele com a postura viril e as duas babes uma de cada lado, mas para os mais distraídos puz uma setinha a indicar.
domingo, 2 de agosto de 2009
A fotossíntese não é para quem quer.
Encontrei este casal com pretensões autotróficas no regresso do meu exercício ali no Estádio Universitário. Não resisti em ir ao carro buscar o telemóvel e tirar uma foto (ilegal) às escondidas.
Aparentemente estes atrasados mentais tentavam alimentar-se através de fotossíntese. Até aqui tudo bem. Era por volta da hora de jantar e a luz de fim de tarde até estava com um aspecto apetitoso e romântico. Mas a fotossíntese não é para quem quer, é para quem pode. E quem pode geralmente tem clorofila nas células e não tem cérebro. Mas não desistam, já só lhes falta mesmo resolver a parte da clorofila.
Agora a sério meus senhores. Até o sexo oral faz mais pela vossa alimentação que estar feito estúpido ao sol de olhos fechados e mãos no ar a fantasiar idiotices. Embora, a julgar pelas vossas trombas, me pareça que mesmo o sexo oral iria requerer olhos fechados e muito fantasiar.
Aparentemente estes atrasados mentais tentavam alimentar-se através de fotossíntese. Até aqui tudo bem. Era por volta da hora de jantar e a luz de fim de tarde até estava com um aspecto apetitoso e romântico. Mas a fotossíntese não é para quem quer, é para quem pode. E quem pode geralmente tem clorofila nas células e não tem cérebro. Mas não desistam, já só lhes falta mesmo resolver a parte da clorofila.
Agora a sério meus senhores. Até o sexo oral faz mais pela vossa alimentação que estar feito estúpido ao sol de olhos fechados e mãos no ar a fantasiar idiotices. Embora, a julgar pelas vossas trombas, me pareça que mesmo o sexo oral iria requerer olhos fechados e muito fantasiar.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Apple Cinema Display 30
Investi num Cinema Display de 30 polegadas. Não vou fazer mais um review inútil do monitor, só queria mesmo dizer que a Monica Bellucci fica divinal de lingerie e salto alto a 2560x1600px.
Ah... e parece que para designs e 3Ds e essas merdas também é fixe.
Ah... e parece que para designs e 3Ds e essas merdas também é fixe.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Uma Cornada "en Las Ventas"
No dia 27 de Maio, na arena de Las Ventas (Madrid), um touro português decidiu que ser empalado por um travesti de ceroulas côr de rosa seria um fim demasiado desonroso e humilhante para um ser de tão nobre porte. O resultado foi um buraco de 20 cm no tórax do matador Israel Lancho.
Parabéns ao Israel pela sua entrega e dedicação ao espectáculo. Embora, verdade seja dita, o jorrozinho de sangue que o matador perdeu na corrida tenha sido modesto relativamente às litradas tiradas a ferros dos cinco animais previamente torturados. Ainda assim, bom esforço do bravo matador que, no momento em que avançava para matar o touro, achou que o que ficava realmente cool era tourear com as tripas do lado de fora do corpo. De lamentar é o facto do touro não partilhar a selvageria e sede de sangue que os toureiros e o público revelam. Um strogonoff de Israel Lancho espalhado pela arena faria muito mais pela tauromaquia que um labrego no hospital a dar entrevistas.
Ficam os votos de que este gesto altruísta de amor à arte sirva de inspiração para outros travestis de ceroulas por esse mundo fora. Para o Israel fica uma mensagem sentida, do fundo do coração: Não desistas matador! Mesmo com um orifício de entrada no hemitórax esquerdo com trajectória ascendente de 20 cm penetrante na cavidade toráxica e orifício de saída no 5º espaço intercostal, podes ainda levar as massas ao rubro! Basta que te despejem lá no meio da arena, te espetem uns ferros nas costas e te cortem as orelhas, antes de te trespassarem com uma espada. A festa brava conta contigo!
Parabéns ao Israel pela sua entrega e dedicação ao espectáculo. Embora, verdade seja dita, o jorrozinho de sangue que o matador perdeu na corrida tenha sido modesto relativamente às litradas tiradas a ferros dos cinco animais previamente torturados. Ainda assim, bom esforço do bravo matador que, no momento em que avançava para matar o touro, achou que o que ficava realmente cool era tourear com as tripas do lado de fora do corpo. De lamentar é o facto do touro não partilhar a selvageria e sede de sangue que os toureiros e o público revelam. Um strogonoff de Israel Lancho espalhado pela arena faria muito mais pela tauromaquia que um labrego no hospital a dar entrevistas.
Ficam os votos de que este gesto altruísta de amor à arte sirva de inspiração para outros travestis de ceroulas por esse mundo fora. Para o Israel fica uma mensagem sentida, do fundo do coração: Não desistas matador! Mesmo com um orifício de entrada no hemitórax esquerdo com trajectória ascendente de 20 cm penetrante na cavidade toráxica e orifício de saída no 5º espaço intercostal, podes ainda levar as massas ao rubro! Basta que te despejem lá no meio da arena, te espetem uns ferros nas costas e te cortem as orelhas, antes de te trespassarem com uma espada. A festa brava conta contigo!
terça-feira, 30 de junho de 2009
Jack in the Box - update
O Jack está quase terminado.
A imagem final servirá como a minha entrada de ilustração 3D na Digital Artist Awards 2009, uma nova competição patrocinada pelas principais publicações da indústria e uma catrefada de fabricantes de hardware e software. Vou também enviar a ilustração para a revista 3D World, na esperança de ser seleccionado para a showcase.
E é aqui que o Jack salta da caixa.
As regras da 3D World determinam que a imagem proposta para a secção de showcase não pode ter estado online mais de quatro semanas antes da data de publicação. Isto quer dizer que vou enviar a ilustração final antes de a apresentar aqui no KrippArt. Os vídeos que faltam, (hair & fur, iluminação, rendering/pós-produção) serão produzidos, mas não apresentados até à data da publicação nestes dois formatos, ou até eu perceber que não ganhei porra nenhuma :)
Resumindo: Jack in the Box agora só lá pra Setembro, altura em que vos direi se ganhei toneladas de prémios maravilhosos e uma dignificante exposição na indústria do 3D, ou se percebo tanto disto quanto de shampôs.
A imagem final servirá como a minha entrada de ilustração 3D na Digital Artist Awards 2009, uma nova competição patrocinada pelas principais publicações da indústria e uma catrefada de fabricantes de hardware e software. Vou também enviar a ilustração para a revista 3D World, na esperança de ser seleccionado para a showcase.
E é aqui que o Jack salta da caixa.
As regras da 3D World determinam que a imagem proposta para a secção de showcase não pode ter estado online mais de quatro semanas antes da data de publicação. Isto quer dizer que vou enviar a ilustração final antes de a apresentar aqui no KrippArt. Os vídeos que faltam, (hair & fur, iluminação, rendering/pós-produção) serão produzidos, mas não apresentados até à data da publicação nestes dois formatos, ou até eu perceber que não ganhei porra nenhuma :)
Resumindo: Jack in the Box agora só lá pra Setembro, altura em que vos direi se ganhei toneladas de prémios maravilhosos e uma dignificante exposição na indústria do 3D, ou se percebo tanto disto quanto de shampôs.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Avatar
Para quem não sabe, Avatar é o épico de ficção científica mais esperado dos últimos anos.
Na passada terça-feira dia 23 Junho o realizador James Cameron mostrou as primeiras imagens do filme, mais concretamente 24 minutos de filmagem, perante cerca de 1000 espectadores da CinemaExpo International em Amsterdão. Deixo aqui algumas impressões de quem lá esteve e foi esmagado pela espectacularidade do que promete ser a melhor utilização de CGI e 3-D* de todos os tempos.
“The Insider” no ComingSoon: “jaw-dropping experience.” … “It took my breath away. I thought–just like you guys–that I’ve seen it all with Gollum, or The Hulk, but Cameron has done it again. These creatures seem so real, that within minutes you forget you’re watching an enormous and very blue CGI character. Even the eyes are totally convincing. The characters have real personalities and a soul.” … “How the hell is it possible that I never once felt like I’ve been watching a movie where almost everything comes out of a computer?”
Unique Cinema Systems Nord no Twitter: “stunning, literally jawdropping. Amazing visuals unlike any before seen, with incredible detail.” … “CGI was photorealistic, characters look really real. Believe the hype, this movie will be massive!"
GJKooijman no Twitter: “is mindblown” … “Still in awe of meeting James Cameron… Avatar will change movie industry forever.. thank you Jim” … “It’s nothing you can imagine, it’s real. Cameron made a new planet and took a cam there.” … “THIS WILL CHANGE MOVIES FOREVER. Trust me, it will.”
Dia 18 de Dezembro saberemos se Avatar se aguenta perante a tremenda expectativa que está a gerar. Não é invulgar os produtores tentarem reduzir a expectativa de certos filmes para evitar desilusões, mas neste caso é precisamente o contrário que está a acontecer. Isto pode indicar que o filme está realmente uma coisa do outro mundo.
Fonte: Film
*Refiro-me à tecnologia de imagem estereoscópica, e não à criação de modelos digitais em 3D, ainda que também neste neste aspecto o filme prometa impressionar.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Gatafunho da Semana
As aulas de desenho do curso de Design do Comunicação foram das poucas que me deixaram boas recordações, e algum sentimento de elevação artística. Ainda assim 99% do que produzi nessas aulas não vale a ponta dum chavelho.
O Gatafunho da Semana* é aquele 1% que escapa.
*Não é o Gatafunho do Dia porque dá uma trabalheira do catano digitalizar desenhos A2 com um scanner A4.
O Gatafunho da Semana* é aquele 1% que escapa.
*Não é o Gatafunho do Dia porque dá uma trabalheira do catano digitalizar desenhos A2 com um scanner A4.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Jack in the Box 8 - textura da cara
A fase de texturação da cara é mais do que simplesmente dar cor à superfície da pele através do mapa de cor difusa. Para se conseguir um resultado convincente devem utilizar-se outros mapas para definir a intensidade dos brilhos especulares, a reflectividade da pele e subsurface scattering.
Esta iluminação ainda é apenas um esquema provisório de três focos, mas é o suficiente para fazer alguns ajustes no material e afinar as texturas. O material da pele é o SSS Fast Skin Material com displacement, que funciona melhor com uma textura desaturada que permite que a cor da pele seja ganha através da simulação da luz difusa a atravessar várias camadas de vasos sanguíneos e carne. São estas pequenas coisas que vão ajudar a dar realismo a uma cena onde um cabeçudo de 40x25cm sai de dentro de uma caixinha de 12x12cm, a rir-se, espetado numa mola. Sempre tou pra ver esse milagre...
Como sempre, não há fórmulas estanques para conseguir o que se pretende da textura. O que ficar interessante serve. Nesta fase utilizei imagens de cimento, pedra, uma fotografia de um chifre qualquer, e as minhas fotos de referência. Curiosamente nesse dia parece que fiz a barba com a tesoura do peixe porque estou todo vermelho e cheio de marcas, o que acabou por beneficiar o resultado final.
Download para iPhone
Jack in the Box 8 - textura da cara
Jack in the Box 7 - textura dos olhos
Jack in the Box 6 - microdetalhe
Jack in the Box 5 - rig
Jack in the Box 4 - unwrap
Jack in the Box 3 - modelação base
Jack in the Box 2 - plano de modelação
Jack in the Box 1 - silhueta
Esta iluminação ainda é apenas um esquema provisório de três focos, mas é o suficiente para fazer alguns ajustes no material e afinar as texturas. O material da pele é o SSS Fast Skin Material com displacement, que funciona melhor com uma textura desaturada que permite que a cor da pele seja ganha através da simulação da luz difusa a atravessar várias camadas de vasos sanguíneos e carne. São estas pequenas coisas que vão ajudar a dar realismo a uma cena onde um cabeçudo de 40x25cm sai de dentro de uma caixinha de 12x12cm, a rir-se, espetado numa mola. Sempre tou pra ver esse milagre...
Como sempre, não há fórmulas estanques para conseguir o que se pretende da textura. O que ficar interessante serve. Nesta fase utilizei imagens de cimento, pedra, uma fotografia de um chifre qualquer, e as minhas fotos de referência. Curiosamente nesse dia parece que fiz a barba com a tesoura do peixe porque estou todo vermelho e cheio de marcas, o que acabou por beneficiar o resultado final.
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Jack in the Box 8 - textura da cara
Jack in the Box 7 - textura dos olhos
Jack in the Box 6 - microdetalhe
Jack in the Box 5 - rig
Jack in the Box 4 - unwrap
Jack in the Box 3 - modelação base
Jack in the Box 2 - plano de modelação
Jack in the Box 1 - silhueta
domingo, 3 de maio de 2009
Baluna
A Baluna é uma das seis personagens que criei para Dead Pixel Games, um projecto do tempo em que ainda pensava que ia ganhar miseravelmente a fazer jogos fixes, e não ganhar miseravelmente a fazer sites de merda.
Cuban Pete é a versão mais polida do teste de animação original. Espero que gostem :)
Download avi (9 Mb)
Download mov (28 Mb)
Download para iPhone (4.7 Mb)
Cuban Pete é a versão mais polida do teste de animação original. Espero que gostem :)
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segunda-feira, 13 de abril de 2009
Pérola da Comunicação
Best Seat Vodafone.
A ideia não é má, o feitio da cadeira é que me parece um bocadinho infeliz. Mas se calhar é mesmo confortável pra c*****o.
No seguimento desta pérola, aproveito para partilhar convosco uma curiosa escolha de nome para uma tabela de base de dados, relativa à gestão de permissões de utilizadores. _usersperm.
A ideia não é má, o feitio da cadeira é que me parece um bocadinho infeliz. Mas se calhar é mesmo confortável pra c*****o.
No seguimento desta pérola, aproveito para partilhar convosco uma curiosa escolha de nome para uma tabela de base de dados, relativa à gestão de permissões de utilizadores. _usersperm.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Pérola da Comunicação
Lisboa, 6 de Abril de 2009 / 20:53 - Av. Norton de Matos, junto ao Museu da Cidade.
Fiquei tão maravilhado com a imagem que parei para tirar a fotografia. Depois esperei na berma da estrada a ver a reacção das pessoas à sinalética contraditória. Alguns fizeram como eu, e antes de atravessar pararam para olhar para o semáforo dos automóveis, que funcionava como deve ser. A grande parte, no entanto, partiu do pressuposto de que se a luz vermelha e a verde estão ambas acesas, então é a verde que conta. Lógico.
Cheguei à conclusão que o optimismo suicida que leva a Joaninha a atravessar a estrada à maluca nas suas corridinhas bamboleantes empertigadas sobre saltos de 12 cm, não é de forma alguma um fenómeno pontual. Imediatamente me veio à memória uma outra amiga que atravessa as passadeiras sem nunca abrandar o passo, nem olhar para os carros. O seu mantra é: “Se me atropelarem são eles que pagam!” Isso pode bem ser verdade. Porém a minha intuição diz-me que o problema de levar com tonelada e meia de ferro na tromba se insere mais no domínio da física que da economia.
Fiquei tão maravilhado com a imagem que parei para tirar a fotografia. Depois esperei na berma da estrada a ver a reacção das pessoas à sinalética contraditória. Alguns fizeram como eu, e antes de atravessar pararam para olhar para o semáforo dos automóveis, que funcionava como deve ser. A grande parte, no entanto, partiu do pressuposto de que se a luz vermelha e a verde estão ambas acesas, então é a verde que conta. Lógico.
Cheguei à conclusão que o optimismo suicida que leva a Joaninha a atravessar a estrada à maluca nas suas corridinhas bamboleantes empertigadas sobre saltos de 12 cm, não é de forma alguma um fenómeno pontual. Imediatamente me veio à memória uma outra amiga que atravessa as passadeiras sem nunca abrandar o passo, nem olhar para os carros. O seu mantra é: “Se me atropelarem são eles que pagam!” Isso pode bem ser verdade. Porém a minha intuição diz-me que o problema de levar com tonelada e meia de ferro na tromba se insere mais no domínio da física que da economia.
terça-feira, 31 de março de 2009
Sierra Nevada
No ano passado o meu apêndice teve a infeliz ideia de contrair uma infecção por acumulação de matéria fecal - uma semana antes das minhas férias de neve! Bem sei que seria mais simpático chamar-lhe apenas apendicite aguda, mas o raio da protuberância intestinal merece saber exactamente a merda que fez.
Com a ajuda de uma grande amiga (doutora ruivaça com uns caracóis lindos) o prevericador foi prontamente apendicectomizado sem dó nem piedade, mas o plano de férias ficou arruínado. É certo que ninguém me disse que não podia fazer snowboard com um buraco de 5cm na barriga preso com agrafos, mas isso pareceu-me tão desnecessário como dizer ao Edurado Mãos de Tesoura que, por muita comichão que tenha, deve evitar coçar os tomates.
Este ano felizmente não tive nada que me impedisse de ir surfar para a montanha. Por outro lado também não tive nada que me impedisse de me partir todo num salto mal calculado. O ombro direito ficou com qualquer coisa supra-espinal avariada, e o pulso com uma lesão com um nome estrangeiro. Tivesse eu 16 anos isto seria impressionante para as miúdas, mas aos 34 parece que é só estúpido...
Também houve momentos bons, naturalmente. Certo dia estava eu aos saltos com a prancha a tentar chegar ao declive de uma pista, quando levo com uma babe snowboarder em cima. A miúda não devia ter muita prática e estava a contar com o espaço livre que eu ocupei a subir a pequena elevação. Eu caí plano de costas no chão e ela caiu sentada em cima do meu peito. Era fofinha a moça. E bem disposta porque estava rir-se alarvemente do incidente. Mais à frente estava o meu amigo Samuel, que já se tinha posto ao telefone a relatar a ocorrência a não sei quem: - Olha! O Krippahl já levou com uma babe em cima e tá aqui a chegar com um sorriso de orelha a orelha.
Pois. Ele é Bárbara Guimarães, ele é chicas snowboarders... O sorriso só se desvaneceu quando reflecti melhor sobre a questão e percebi que só mesmo por acidente é que me caem miúdas em cima.
O resto das férias foi o normal numa estância de ski. Subir, descer, subir, descer, subir, descer, comer bocadillos, subir, descer, comer neve, subir, descer, comer anti-inflamatórios e analgésicos, subir, descer...
Com a ajuda de uma grande amiga (doutora ruivaça com uns caracóis lindos) o prevericador foi prontamente apendicectomizado sem dó nem piedade, mas o plano de férias ficou arruínado. É certo que ninguém me disse que não podia fazer snowboard com um buraco de 5cm na barriga preso com agrafos, mas isso pareceu-me tão desnecessário como dizer ao Edurado Mãos de Tesoura que, por muita comichão que tenha, deve evitar coçar os tomates.
Este ano felizmente não tive nada que me impedisse de ir surfar para a montanha. Por outro lado também não tive nada que me impedisse de me partir todo num salto mal calculado. O ombro direito ficou com qualquer coisa supra-espinal avariada, e o pulso com uma lesão com um nome estrangeiro. Tivesse eu 16 anos isto seria impressionante para as miúdas, mas aos 34 parece que é só estúpido...
Também houve momentos bons, naturalmente. Certo dia estava eu aos saltos com a prancha a tentar chegar ao declive de uma pista, quando levo com uma babe snowboarder em cima. A miúda não devia ter muita prática e estava a contar com o espaço livre que eu ocupei a subir a pequena elevação. Eu caí plano de costas no chão e ela caiu sentada em cima do meu peito. Era fofinha a moça. E bem disposta porque estava rir-se alarvemente do incidente. Mais à frente estava o meu amigo Samuel, que já se tinha posto ao telefone a relatar a ocorrência a não sei quem: - Olha! O Krippahl já levou com uma babe em cima e tá aqui a chegar com um sorriso de orelha a orelha.
Pois. Ele é Bárbara Guimarães, ele é chicas snowboarders... O sorriso só se desvaneceu quando reflecti melhor sobre a questão e percebi que só mesmo por acidente é que me caem miúdas em cima.
O resto das férias foi o normal numa estância de ski. Subir, descer, subir, descer, subir, descer, comer bocadillos, subir, descer, comer neve, subir, descer, comer anti-inflamatórios e analgésicos, subir, descer...
segunda-feira, 2 de março de 2009
Desafio da Joaninha - Epílogo
Ok, o título é um bocado pretensioso. Afinal de contas a única coisa que vocês querem mesmo saber é se o ponto 4 é mesmo verdade. É.
Foi no colombo há uns anos atrás. Estava eu distraído a tentar navegar por entre uma manada de gente quando o impensável (embora extremamente desejável) aconteceu. Aparentemente a Bárbara também ia distraída a dobrar a esquina, e lá fomos um contra o outro. A minha estatura mediana chocou contra a sua cavalice de saltos altos, impacto porventura perigoso se não tivesse sido amortecido pelas voluptuosas protuberâncias mamárias da Sra Guimarães. Ficámos ambos para sempre marcados por este encontro. Até este dia o Carrilho ainda acha que o hábito que a Bárbara tem de esfregar pêssegos carecas no peito é algum tratamento de beleza.
Quanto aos restantes pontos, a verdade reza assim:
1) Saco 360º em saltos de snowboard.
Tecnicamente até é verdade, mas para efeitos de habilidade na prática do desporto em questão, os 360º que eu faço a rebolar pela montanha abaixo depois de ter caído de boca não contam como manobra. Falso.
2) A minha alcunha na tropa era Pedigreepal.
Verdadeiro. A cara de felicidade do cabo que se lembrou da piadinha indicava que teria sido provavelmente a melhor graçola que alguma vez lhe brotou do neurónio. A maior parte do tempo o melhor que conseguia era gritar - O CARALHINHO! a tudo o que se lhe dizia.
3) Sou ambidestro.
Verdadeiro. Desenho com a esquerda, escrevo com a direita, chuto com a esquerda, sou goofy no snowboard, faço metade da barba com cada mão e como com os talheres normalmente excepto se fôr só uma colher ou só um garfo. E para que acredita que vai ser o primeiro a fazer piadinhas sobre que mão faz mais o quê, não é.
4) Já fui de encontro aos majestosos seios da Bárbara Guimarães.
Verdadeiro. Nos meus sonhos o blog da Bárbara tem um post sobre o dia em que foi de encontro à careca sexy do Krippmeister.
5) O meu sistema imunitário é um bocado como um daltónico na brigada de minas e armadilhas.
Verdadeiro. Mas com a diferença de que o daltónico na brigada de minas e armadilhas só faz merda uma vez, enquanto o meu sistema imunitário faz merda desde os 14 anos.
6) Gosto de pessoas com quem possa partilhar longos momentos de silêncio não constrangedor.
Verdadeiro. Esta parece ter criado alguma confusão, mas eu explico: Gosto de pessoas com quem possa partilhar longos momentos de silêncio não constrangedor.
7) Tenho umas canadianas todas kitadas com autocolantes do Guitar Hero.
Verdadeiro. É infantil? Sim. É ridículo? Sim. É feio? Sim. E eu por acaso preocupo-me com isso? Não.
8) Sou cristão católico apostólico evangélico eclesiástico romano.
Falso. Cruzes credo! Deus me livre!
9) O melhor álbum do mundo é o dos temas dos Delfins em canto gregoriano.
Falso. Estive para escolher o dos temas do João Pedro Pais em flauta de pan, mas as musícas do JPP beneficiariam tremendamente de não ter nem as letras do JPP nem o próprio JPP, pelo que escolhi o dos Delfins pela sua qualidade excecrável de carácter transcendente e imutável.
Foi no colombo há uns anos atrás. Estava eu distraído a tentar navegar por entre uma manada de gente quando o impensável (embora extremamente desejável) aconteceu. Aparentemente a Bárbara também ia distraída a dobrar a esquina, e lá fomos um contra o outro. A minha estatura mediana chocou contra a sua cavalice de saltos altos, impacto porventura perigoso se não tivesse sido amortecido pelas voluptuosas protuberâncias mamárias da Sra Guimarães. Ficámos ambos para sempre marcados por este encontro. Até este dia o Carrilho ainda acha que o hábito que a Bárbara tem de esfregar pêssegos carecas no peito é algum tratamento de beleza.
Quanto aos restantes pontos, a verdade reza assim:
1) Saco 360º em saltos de snowboard.
Tecnicamente até é verdade, mas para efeitos de habilidade na prática do desporto em questão, os 360º que eu faço a rebolar pela montanha abaixo depois de ter caído de boca não contam como manobra. Falso.
2) A minha alcunha na tropa era Pedigreepal.
Verdadeiro. A cara de felicidade do cabo que se lembrou da piadinha indicava que teria sido provavelmente a melhor graçola que alguma vez lhe brotou do neurónio. A maior parte do tempo o melhor que conseguia era gritar - O CARALHINHO! a tudo o que se lhe dizia.
3) Sou ambidestro.
Verdadeiro. Desenho com a esquerda, escrevo com a direita, chuto com a esquerda, sou goofy no snowboard, faço metade da barba com cada mão e como com os talheres normalmente excepto se fôr só uma colher ou só um garfo. E para que acredita que vai ser o primeiro a fazer piadinhas sobre que mão faz mais o quê, não é.
4) Já fui de encontro aos majestosos seios da Bárbara Guimarães.
Verdadeiro. Nos meus sonhos o blog da Bárbara tem um post sobre o dia em que foi de encontro à careca sexy do Krippmeister.
5) O meu sistema imunitário é um bocado como um daltónico na brigada de minas e armadilhas.
Verdadeiro. Mas com a diferença de que o daltónico na brigada de minas e armadilhas só faz merda uma vez, enquanto o meu sistema imunitário faz merda desde os 14 anos.
6) Gosto de pessoas com quem possa partilhar longos momentos de silêncio não constrangedor.
Verdadeiro. Esta parece ter criado alguma confusão, mas eu explico: Gosto de pessoas com quem possa partilhar longos momentos de silêncio não constrangedor.
7) Tenho umas canadianas todas kitadas com autocolantes do Guitar Hero.
Verdadeiro. É infantil? Sim. É ridículo? Sim. É feio? Sim. E eu por acaso preocupo-me com isso? Não.
8) Sou cristão católico apostólico evangélico eclesiástico romano.
Falso. Cruzes credo! Deus me livre!
9) O melhor álbum do mundo é o dos temas dos Delfins em canto gregoriano.
Falso. Estive para escolher o dos temas do João Pedro Pais em flauta de pan, mas as musícas do JPP beneficiariam tremendamente de não ter nem as letras do JPP nem o próprio JPP, pelo que escolhi o dos Delfins pela sua qualidade excecrável de carácter transcendente e imutável.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Desafio da Joaninha
A Joaninha desafiou-me a escrever nove coisas sobre mim, sendo que seis são verdade e três são mentira. Felizmente não têm que ser coisas interessantes porque isso daria uma lista ridículamente curta.
Sem mais demoras, cá vai:
1. Saco 360º em saltos de snowboard.
2. A minha alcunha na tropa era Pedigreepal.
3. Sou ambidestro.
4. Já fui de encontro aos majestosos seios da Bárbara Guimarães.
5. O meu sistema imunitário é um bocado como um daltónico na brigada de minas e armadilhas.
6. Gosto de pessoas com quem possa partilhar longos momentos de silêncio não constrangedor.
7. Tenho umas canadianas todas kitadas com autocolantes do Guitar Hero.
8. Sou cristão católico apostólico evangélico eclesiástico romano.
9. O melhor álbum do mundo é o dos temas dos Delfins em canto gregoriano.
Sem mais demoras, cá vai:
1. Saco 360º em saltos de snowboard.
2. A minha alcunha na tropa era Pedigreepal.
3. Sou ambidestro.
4. Já fui de encontro aos majestosos seios da Bárbara Guimarães.
5. O meu sistema imunitário é um bocado como um daltónico na brigada de minas e armadilhas.
6. Gosto de pessoas com quem possa partilhar longos momentos de silêncio não constrangedor.
7. Tenho umas canadianas todas kitadas com autocolantes do Guitar Hero.
8. Sou cristão católico apostólico evangélico eclesiástico romano.
9. O melhor álbum do mundo é o dos temas dos Delfins em canto gregoriano.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Meteorologia
Hoje recebi um novo projecto de um site para desenvolver. A imagem é o painel das layers do ficheiro Photoshop do layout enviado pelo cliente.
O designer deu um nome a cada layer para descrever o seu conteúdo, o que é uma boa prática organizativa. Mas por alguma razão fiquei com a sensação que poderia ter sido mais feliz na escolha do nome para o fundo da àrea de meteorologia...
O designer deu um nome a cada layer para descrever o seu conteúdo, o que é uma boa prática organizativa. Mas por alguma razão fiquei com a sensação que poderia ter sido mais feliz na escolha do nome para o fundo da àrea de meteorologia...
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Animação
Um dos felizes momentos em que me foi permitido escolher um tema interessante para um projecto académico - Animação. Foi um trabalho de grupo daqueles que deixam saudades. Embora desconfie que isso tenha menos a ver com a animação e mais com o facto de ter sido uma das raras ocasiões em que consegui meter duas miúdas no quarto em simultâneo.
Entre outras fases mais teóricas do trabalho, esta requeria que cada um criasse uma pequena animação sobre um dos outros elementos do grupo. O resultado foram três vídeos que focavam alguma coisa relacionada com a Adriana, a Sílvia e comigo. Destes três mostro aqui apenas os dois que me dizem directamente respeito, um por ter sido eu o sujeito, e o outro por ter sido o autor.
O primeiro filme é da autoria da Adriana. Ela teve esta ideia genial de me pôr na cena de combate entre o Ryu e o Fei-Long, na longa metragem animada do Street Fighter. Mesmo a 12 frames por segundo foram muitas horas a encontrar ângulos de camara, filmar, e cortar Krippmeisters em photoshop para sobrepor a minha imagem à do Ryu.
O segundo filme foi a minha interpretação dum sonho que a Adri me contou. Filmei a cena no metro e juntei com uma filmagem que ela fez na praia. De seguida importei todos os frames individualmente para o photoshop, e desenhei a traços soltos por cima. Foram catrefadas de desenhos. Viva a tablet Wacom e o rotoscoping...
Enjoy : )
Entre outras fases mais teóricas do trabalho, esta requeria que cada um criasse uma pequena animação sobre um dos outros elementos do grupo. O resultado foram três vídeos que focavam alguma coisa relacionada com a Adriana, a Sílvia e comigo. Destes três mostro aqui apenas os dois que me dizem directamente respeito, um por ter sido eu o sujeito, e o outro por ter sido o autor.
O primeiro filme é da autoria da Adriana. Ela teve esta ideia genial de me pôr na cena de combate entre o Ryu e o Fei-Long, na longa metragem animada do Street Fighter. Mesmo a 12 frames por segundo foram muitas horas a encontrar ângulos de camara, filmar, e cortar Krippmeisters em photoshop para sobrepor a minha imagem à do Ryu.
O segundo filme foi a minha interpretação dum sonho que a Adri me contou. Filmei a cena no metro e juntei com uma filmagem que ela fez na praia. De seguida importei todos os frames individualmente para o photoshop, e desenhei a traços soltos por cima. Foram catrefadas de desenhos. Viva a tablet Wacom e o rotoscoping...
Enjoy : )
domingo, 8 de fevereiro de 2009
É genial. Paguem milhões de euros
O ponto. A singularidade da proto-dimensão auto contida. O todo adverso à ocupacionalidade espacial. Zero e infinito. Nada menos que a própria pedra basilar na génese da representação gráfica que pauta a praxis da aventura artística humana, desde o nascimento da espécie, até ao momento presente.
Não é possível objectivar um vector omni-descritivo que transpõe a sua própria geometria, rasgando o espaço e recompondo-o simultaneamente num jogo de contrastes tanto lumínicos como dimensionais. É recta, curva, plano e sólido. É forma mas também é fundo. O assassino da gestalt, que é também o seu mais fiel paladino.
Nada demove o ponto. A sua posição é irrelevante. Não há com que relativizar algo em que nada lhe é exterior. O ponto não tem charneira, ainda que a contenha.
O seu negro não é ausência de luz, é anti-luz. É substância. O hiper-contraste que permeia a composição cria um horizonte de eventos que se estende para além da mancha. Estende-se através da dimensão psico-sociológica do observador, com impactos viscerais. É interiorizado e problematizado no primeiro momento da fruição, pois esta é a sua natureza primordial.
No entanto, como objecto artístico, é registo denunciador do gesto que o cria. Sem nunca representar nada mais que tudo, é a majestosa ode ao artista supremo, que libertando uma partícula de traço, dá forma a toda a existência, passada, presente, e futura.
Outra hipótese é esta merda ser um pixel preto num quadrado branco acompanhado de um texto elaborado que para os mais famintos de pedantismo me fará parecer uma autoridade artística e intelectual. É genial. Paguem milhões de euros.
Não é possível objectivar um vector omni-descritivo que transpõe a sua própria geometria, rasgando o espaço e recompondo-o simultaneamente num jogo de contrastes tanto lumínicos como dimensionais. É recta, curva, plano e sólido. É forma mas também é fundo. O assassino da gestalt, que é também o seu mais fiel paladino.
Nada demove o ponto. A sua posição é irrelevante. Não há com que relativizar algo em que nada lhe é exterior. O ponto não tem charneira, ainda que a contenha.
O seu negro não é ausência de luz, é anti-luz. É substância. O hiper-contraste que permeia a composição cria um horizonte de eventos que se estende para além da mancha. Estende-se através da dimensão psico-sociológica do observador, com impactos viscerais. É interiorizado e problematizado no primeiro momento da fruição, pois esta é a sua natureza primordial.
No entanto, como objecto artístico, é registo denunciador do gesto que o cria. Sem nunca representar nada mais que tudo, é a majestosa ode ao artista supremo, que libertando uma partícula de traço, dá forma a toda a existência, passada, presente, e futura.
Outra hipótese é esta merda ser um pixel preto num quadrado branco acompanhado de um texto elaborado que para os mais famintos de pedantismo me fará parecer uma autoridade artística e intelectual. É genial. Paguem milhões de euros.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
sábado, 31 de janeiro de 2009
The Curious Case of Benjamin Button
A pedido da Salto Alto, cá fica um resumo das principais técnicas de produção utilizadas no filme The Curious Case of Benjamin Button. Ou como as miúdas lhe chamam: “Aquele filme onde o Brad está todo boooooooom!”. Whatever...
Saltinho, este post é para ti.
Em meados de 1990 o projecto do filme The Curious Case of Benjamin Button foi parar à Digital Domain, um prestigiado estúdio de efeitos visuais. Na altura não havia tecnologia de CG (computer graphics) suficientemente avançada para dar conta do recado, pelo que o projecto ficou na gaveta. Em 2002 passou para as mãos do realizador David Fincher, que tipicamente não se acagaça com desafios desta natureza, e que por aquela altura já tinha à disposição a tecnologia que necessitava para arrancar com a produção.
Desde o início que Fincher decidiu que não queria usar vários actores com maquilhagem para representar as diferentes idades de Benjamin, para evitar que o espectador perdesse a empatia com a personagem. O objectivo era mostrar a parecença com o Brad Pitt ao longo de toda a vida. Uma das primeiras sugestões de Fincher para a infância de Benjamin foi empregar actores pequenos e sobrepor a imagem da cara do Brad Pitt com a respectiva maquilhagem, mas não havia maneira de evitar problemas de continuidade e iluminação, já para não falar no pesadelo que seria mapear os movimentos de câmara. Os gestos do corpo e da fala e as tensões nos músculos do pescoço estão todos interligados, e desde logo ficou claro que precisavam de uma cabeça gerada por computador, perfeitamente animada com as expressões do Brad.
Em 2004 a melhor tecnologia existente para captura de movimentos era baseada em marcadores. Cada ponto colocado na face do actor era mapeado conforme se movia, de acordo com a expressão. De seguida esse movimento era transferido para um ponto correspondente no modelo digital da cara. Mesmo com cerca de 500 pontos é impossível apanhar todas as subtilezas da expressão, o que implicaria que os animadores teriam que completar o resto da animação interpretando o melhor que conseguissem a representação do Brad Pitt, coisa que Fincher não queria.
Outros estúdios entraram entretanto no projecto. A Matte World Digital fez grande parte das matte paintings. A Hydraulx, fez mais matte paintings e elementos CG do Benjamin bébé, assim como substituição da cabeça da Kate Blanchett na cena da dança. A Asylum VFX ficou encarregue das cenas do barco, e a Lola VFX trabalhou nos efeitos de rejuvenescimento.
Por esta altura a equipa da Digital Domain trouxe o “mestre” Rick Baker para trabalhar em três esculturas da cara do Brad Pitt, com as idades de 60, 70 e 80 anos. As partes do pescoço e dos ombros foram modeladas de acordo com os actores que fariam de Benjamin em cada idade, de forma a garantir uma correcta união com a cara CG. Os modelos foram depois digitalizados e ligados ás expressões do Brad.
O próximo passo consistiu em construir uma biblioteca de expressões para a cara digital de Benjamin Button. A equipa recorreu à teoria do psicólogo Dr. Paul Ekman, segundo a qual uma cara humana tem um conjunto base e limitado de expressões, que podem ser catalogadas. Para isto Brad Pitt representou cerca de 120 diferentes expressões captadas pelo novo sistema Mova Contour, que resolve o problema da baixa resolução usando uma camada de pintura fosforescente em vez dos pontos na cara. A representação foi filmada a 24 frames por segundo por várias câmaras em torno do actor, capturando correctamente milhões de polígonos por toda a superfície da cara. Depois de aplicadas as expressões aos três diferentes modelos digitais, a DD tinha toda a amplitude de expressões do Brad Pitt em versão 60, 70 e 80 anos. Estas expressões foram ainda divididas em micro-expressões, cortando a malha digital em formas mais pequenas, de modo a dar aos animadores alguma flexibilidade sem se afastarem da expressividade original.
Mesmo com modelos digitais, foi um desafio mapear os movimentos corporais dos actores de maneira a fazer uma integração perfeita da cara digital. Cada cena foi filmada pelas câmaras de fotografia principal, mais um conjunto de câmaras “testemunhas”, para garantir referências visuais de todos os ângulos de visão. O resultado final foi ainda consolidado em 2D, frame a frame.
Para a iluminação da cara digital corresponder á iluminação real, a equipa passou meses a escrever shaders de Mental Ray e a recriar os cenários em 3D para que toda a informação presente na fotografia principal fosse correctamente transferida para cara CG.
A equipa de seis animadores, chefiados por Matthias Wittmann, testou e optimizou as expressões capturadas pelo Mova scan, e criou sistemas de animação automatizados para a língua, e a maçã de adão. Mesmo as contracções de músculos do pescoço e as rugas debaixo do queixo foram geridas automaticamente pelo sistema, dependendo da posição da cabeça e dos restantes músculos da cara.
A continuidade visual foi garantida pela equipa de composição. Os tons e o “calor” da pele e do cabelo são especialmente difíceis de criar de forma realista em 3D, pelo que a composição lhes dedicou especial atenção tomando em conta todos os dados fornecidos durante a fotografia principal, e ajustando e reaplicando imagens HDRI.
O Brad Pitt real, só aparece ao fim de 52 minutos de filme, na cena do barco a caminho da Rússia. Portanto meninas, têm muito tempo para se porem bonitas para ir ao cinema que na primeira hora não há Brad pra ninguém.
Saltinho, este post é para ti.
Em meados de 1990 o projecto do filme The Curious Case of Benjamin Button foi parar à Digital Domain, um prestigiado estúdio de efeitos visuais. Na altura não havia tecnologia de CG (computer graphics) suficientemente avançada para dar conta do recado, pelo que o projecto ficou na gaveta. Em 2002 passou para as mãos do realizador David Fincher, que tipicamente não se acagaça com desafios desta natureza, e que por aquela altura já tinha à disposição a tecnologia que necessitava para arrancar com a produção.
Desde o início que Fincher decidiu que não queria usar vários actores com maquilhagem para representar as diferentes idades de Benjamin, para evitar que o espectador perdesse a empatia com a personagem. O objectivo era mostrar a parecença com o Brad Pitt ao longo de toda a vida. Uma das primeiras sugestões de Fincher para a infância de Benjamin foi empregar actores pequenos e sobrepor a imagem da cara do Brad Pitt com a respectiva maquilhagem, mas não havia maneira de evitar problemas de continuidade e iluminação, já para não falar no pesadelo que seria mapear os movimentos de câmara. Os gestos do corpo e da fala e as tensões nos músculos do pescoço estão todos interligados, e desde logo ficou claro que precisavam de uma cabeça gerada por computador, perfeitamente animada com as expressões do Brad.
Em 2004 a melhor tecnologia existente para captura de movimentos era baseada em marcadores. Cada ponto colocado na face do actor era mapeado conforme se movia, de acordo com a expressão. De seguida esse movimento era transferido para um ponto correspondente no modelo digital da cara. Mesmo com cerca de 500 pontos é impossível apanhar todas as subtilezas da expressão, o que implicaria que os animadores teriam que completar o resto da animação interpretando o melhor que conseguissem a representação do Brad Pitt, coisa que Fincher não queria.
Outros estúdios entraram entretanto no projecto. A Matte World Digital fez grande parte das matte paintings. A Hydraulx, fez mais matte paintings e elementos CG do Benjamin bébé, assim como substituição da cabeça da Kate Blanchett na cena da dança. A Asylum VFX ficou encarregue das cenas do barco, e a Lola VFX trabalhou nos efeitos de rejuvenescimento.
Por esta altura a equipa da Digital Domain trouxe o “mestre” Rick Baker para trabalhar em três esculturas da cara do Brad Pitt, com as idades de 60, 70 e 80 anos. As partes do pescoço e dos ombros foram modeladas de acordo com os actores que fariam de Benjamin em cada idade, de forma a garantir uma correcta união com a cara CG. Os modelos foram depois digitalizados e ligados ás expressões do Brad.
O próximo passo consistiu em construir uma biblioteca de expressões para a cara digital de Benjamin Button. A equipa recorreu à teoria do psicólogo Dr. Paul Ekman, segundo a qual uma cara humana tem um conjunto base e limitado de expressões, que podem ser catalogadas. Para isto Brad Pitt representou cerca de 120 diferentes expressões captadas pelo novo sistema Mova Contour, que resolve o problema da baixa resolução usando uma camada de pintura fosforescente em vez dos pontos na cara. A representação foi filmada a 24 frames por segundo por várias câmaras em torno do actor, capturando correctamente milhões de polígonos por toda a superfície da cara. Depois de aplicadas as expressões aos três diferentes modelos digitais, a DD tinha toda a amplitude de expressões do Brad Pitt em versão 60, 70 e 80 anos. Estas expressões foram ainda divididas em micro-expressões, cortando a malha digital em formas mais pequenas, de modo a dar aos animadores alguma flexibilidade sem se afastarem da expressividade original.
Mesmo com modelos digitais, foi um desafio mapear os movimentos corporais dos actores de maneira a fazer uma integração perfeita da cara digital. Cada cena foi filmada pelas câmaras de fotografia principal, mais um conjunto de câmaras “testemunhas”, para garantir referências visuais de todos os ângulos de visão. O resultado final foi ainda consolidado em 2D, frame a frame.
Para a iluminação da cara digital corresponder á iluminação real, a equipa passou meses a escrever shaders de Mental Ray e a recriar os cenários em 3D para que toda a informação presente na fotografia principal fosse correctamente transferida para cara CG.
A equipa de seis animadores, chefiados por Matthias Wittmann, testou e optimizou as expressões capturadas pelo Mova scan, e criou sistemas de animação automatizados para a língua, e a maçã de adão. Mesmo as contracções de músculos do pescoço e as rugas debaixo do queixo foram geridas automaticamente pelo sistema, dependendo da posição da cabeça e dos restantes músculos da cara.
A continuidade visual foi garantida pela equipa de composição. Os tons e o “calor” da pele e do cabelo são especialmente difíceis de criar de forma realista em 3D, pelo que a composição lhes dedicou especial atenção tomando em conta todos os dados fornecidos durante a fotografia principal, e ajustando e reaplicando imagens HDRI.
O Brad Pitt real, só aparece ao fim de 52 minutos de filme, na cena do barco a caminho da Rússia. Portanto meninas, têm muito tempo para se porem bonitas para ir ao cinema que na primeira hora não há Brad pra ninguém.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Rock to Cuba
Vou poupar-vos os pormenores da situação. Basicamente há uma amiga paraplégica que precisa de guito para ser operada em cuba. Vai daí, a malta amiga reuniu-se e organizou um festival de música para angariar os fundos - o Rock to Cuba.
Em palco vão estar os Canal Caveira, Tequilla Mal e Duendes do Umbigo, entre outros tantos monstros do rock. E há salgadinhos!
O esforço e dedicação desta malta na produção do evento foram fantásticos, e o resultado também promete ser. Parabéns.*
ROCK TO CUBA BABY!
Mais informação em www.rocktocuba.blogspot.com e www.myspace.com/rocktocuba
*Não me estou a querer abotoar aos louros. A minha contribuição até agora é um post e o bilhete.
Em palco vão estar os Canal Caveira, Tequilla Mal e Duendes do Umbigo, entre outros tantos monstros do rock. E há salgadinhos!
O esforço e dedicação desta malta na produção do evento foram fantásticos, e o resultado também promete ser. Parabéns.*
ROCK TO CUBA BABY!
Mais informação em www.rocktocuba.blogspot.com e www.myspace.com/rocktocuba
*Não me estou a querer abotoar aos louros. A minha contribuição até agora é um post e o bilhete.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Cliché Técnico
No âmbito do mestrado em Design de Comunicação e Novos Media da Faculdade de belas-artes de Lisboa, decorre entre 21 Janeiro e 08 Julho o Curso de programação de ambientes jogáveis, por André Sier. É uma iniciativa interessante, com aplicações práticas nas novas tecnologias de comunicação. A matéria consiste em programação, processamento de som, 3D, análise de dados através de sensores, entre outros.
Naturalmente, e sendo uma iniciativa da Faculdade de belas-artes (esse pilar da clarividência comunicativa) o curso chama-se... vejam se adivinham:
1 - Curso de programação de ambientes jogáveis.
2 - Curso de criação de programas e circuitos lógicos
3 – Som do Pensamento
Exactamente. Mesmo sem o tom jocoso do post - uma clara indicação que a resposta mais disparatada é a certa - qualquer pessoa ciente do pedantismo daquela gente percebe que o curso só poderia chamar-se Som do Pensamento. E não há dúvida que soa bem. Soa a algo culturalmente engrandecedor. Não diz é puto sobre o curso em si.
Como já referi num post anterior, este tipo de enaltecimento pseudo-intelectual idiota é o mantra entoado por muitos docentes da FBAUL (com mui apreciadas excepções), sendo em muitos casos o único valor realmente reconhecido nos trabalhos dos alunos, sejam eventos ou produções gráficas. Numa famosa avaliação final de uma cadeira prática um aluno entregou dois trabalhos de cinco previstos, mais hora e meia de verborreia artística indecifrável. Nota final da cadeira: 18 valores. A regra geral é aplicar 40% do esforço a fazer um trabalho de merda e 60% a explicar porque é que é fabuloso, em vez de 100% a fazer um trabalho fabuloso.*
Mais recentemente um grupo de finalistas de design de comunicação organizou um evento muito semelhante ao Som do Pensamento, mas sem o nome idiota. O Specweek (speculative week) foi uma semana de ensaios sobre arte fantástica, com conferências e workshops sobre ilustração, concept art e modelação 3D, com objectivos práticos e de carácter marcadamente técnico e tecnológico. A ausência de alguns docentes foi explicada de forma sublime pelas palavras da professora Luísa Ribas quando lhe perguntaram se estava interessada em assistir:
“Não. Isso cai no cliché técnico.”
Sábias palavras para quem não sabe a diferença entre a resolução de um monitor e a resolução da imagem que o monitor apresenta.
O facto da professora Ribas ser precisamente quem organizou o curso de programação de ambientes jogáveis, leva-me a crer que a criação de circuitos lógicos e a análise de dados através de sensores não caem na categoria de cliché técnico. Naturalmente. Uma coisa é Geeks a fazer Bonecos, e outra é o - Som do Pensamento... mento... mento...
*Em justiça, devo esclarecer que o aluno em questão teve apenas um trabalho merdoso dos dois que apresentou. Mas como regra geral, as percentagens apresentadas aplicam-se.
Naturalmente, e sendo uma iniciativa da Faculdade de belas-artes (esse pilar da clarividência comunicativa) o curso chama-se... vejam se adivinham:
1 - Curso de programação de ambientes jogáveis.
2 - Curso de criação de programas e circuitos lógicos
3 – Som do Pensamento
Exactamente. Mesmo sem o tom jocoso do post - uma clara indicação que a resposta mais disparatada é a certa - qualquer pessoa ciente do pedantismo daquela gente percebe que o curso só poderia chamar-se Som do Pensamento. E não há dúvida que soa bem. Soa a algo culturalmente engrandecedor. Não diz é puto sobre o curso em si.
Como já referi num post anterior, este tipo de enaltecimento pseudo-intelectual idiota é o mantra entoado por muitos docentes da FBAUL (com mui apreciadas excepções), sendo em muitos casos o único valor realmente reconhecido nos trabalhos dos alunos, sejam eventos ou produções gráficas. Numa famosa avaliação final de uma cadeira prática um aluno entregou dois trabalhos de cinco previstos, mais hora e meia de verborreia artística indecifrável. Nota final da cadeira: 18 valores. A regra geral é aplicar 40% do esforço a fazer um trabalho de merda e 60% a explicar porque é que é fabuloso, em vez de 100% a fazer um trabalho fabuloso.*
Mais recentemente um grupo de finalistas de design de comunicação organizou um evento muito semelhante ao Som do Pensamento, mas sem o nome idiota. O Specweek (speculative week) foi uma semana de ensaios sobre arte fantástica, com conferências e workshops sobre ilustração, concept art e modelação 3D, com objectivos práticos e de carácter marcadamente técnico e tecnológico. A ausência de alguns docentes foi explicada de forma sublime pelas palavras da professora Luísa Ribas quando lhe perguntaram se estava interessada em assistir:
“Não. Isso cai no cliché técnico.”
Sábias palavras para quem não sabe a diferença entre a resolução de um monitor e a resolução da imagem que o monitor apresenta.
O facto da professora Ribas ser precisamente quem organizou o curso de programação de ambientes jogáveis, leva-me a crer que a criação de circuitos lógicos e a análise de dados através de sensores não caem na categoria de cliché técnico. Naturalmente. Uma coisa é Geeks a fazer Bonecos, e outra é o - Som do Pensamento... mento... mento...
*Em justiça, devo esclarecer que o aluno em questão teve apenas um trabalho merdoso dos dois que apresentou. Mas como regra geral, as percentagens apresentadas aplicam-se.
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