Lisboa, 6 de Abril de 2009 / 20:53 - Av. Norton de Matos, junto ao Museu da Cidade.
Fiquei tão maravilhado com a imagem que parei para tirar a fotografia. Depois esperei na berma da estrada a ver a reacção das pessoas à sinalética contraditória. Alguns fizeram como eu, e antes de atravessar pararam para olhar para o semáforo dos automóveis, que funcionava como deve ser. A grande parte, no entanto, partiu do pressuposto de que se a luz vermelha e a verde estão ambas acesas, então é a verde que conta. Lógico.
Cheguei à conclusão que o optimismo suicida que leva a Joaninha a atravessar a estrada à maluca nas suas corridinhas bamboleantes empertigadas sobre saltos de 12 cm, não é de forma alguma um fenómeno pontual. Imediatamente me veio à memória uma outra amiga que atravessa as passadeiras sem nunca abrandar o passo, nem olhar para os carros. O seu mantra é: “Se me atropelarem são eles que pagam!” Isso pode bem ser verdade. Porém a minha intuição diz-me que o problema de levar com tonelada e meia de ferro na tromba se insere mais no domínio da física que da economia.